Representação do real : uma forma de exprimir um objecto

Abstract

O ensino do Desenho no contexto do curso de Arquitectura tem de respeitar uma temática quotidiana que se coordene com o projecto e construção/execução, tendo assim que se articular com prioridades que não são motivadoras apenas de registos que representem a realidade. É também importante que reflita a procura de marcas que expressem ideias, ou de forma menos lata, que traduzam hipóteses, sensações ou intencionalidades programáticas.

Estes princípios são como abordagem áridos e distantes das expectativas dos alunos, para os quais representar a realidade é, ao contrário, a única motivação para a produção de uma marca/registo. Daí a representação do real ser uma área excepcionalmente delicada. Daí ser o terreno onde se pronuncia de forma mais acentuada o preconceito.

No entanto é também o terreno que se lhes apresenta como uma ponte entre a sua estrutura mental, em que o Desenho tem um conteúdo só dependente do adestramento (o preconceito) e os conceitos novos e longínquos que exaltam a perspicácia sensorial (a noção).

É importante, por isso, a firme determinação de colocar o problema da representação como uma questão de ordem intelectual e conceptual, em que o esforço da experiência e do trabalho são elementos essenciais, traduzindo assim duas vertentes de grande relevância do ensino do Desenho:

- a ideia

- o Desenho que a torna visível