As roças de cacau de São Tomé e a expansão portuguesa de modelos operativos arquitectónicos

Abstract

O caso paradigmático das Roças de cacau em São Tomé da sociedade agrícola Valle Flôr. A consciência da acção do arquitecto como operador de cultura constitui-se como fundamental, sendo para tal imprescindível reconhecer os diversos níveis de complexidade que a produção de factos urbanos ou proto-urbanos encerram. Por outro lado, o reconhecimento do impacto das acções humanas sobre o território, tal como de todas as consequências que daí advêm, leva-nos hoje a possuir uma consciência mais consolidada do mesmo enquanto paisagem. A paisagem é indiscutivelmente resultado da acumulação de acções sobre um território, sobre o qual se podem acumular múltiplas camadas de acções e de experiências. Essas mesmas experiências edificam o sujeito e apresentam uma tecitura ao nível da Ética, da Estética e da Poética, da migração de culturas e da sua metamorfose. Este tema aborda a presença de modelos de intervenção urbana e edificações portadoras de referências culturais europeias da transição do séc. XIX para o séc. XX e construtoras de paradigmas como unidades tipo morfológicas. A apropriação dos casos de estudo dá-se também por via do desenho; sobre o real, fotografias, cartografia e textos, o que permite a elaboração de um guião gráfico do tema e do assunto.