A musicoterapia em contexto de reabilitação neurológica

Abstract

O Estágio realizado no âmbito do mestrado em Musicoterapia na Universidade Lusíada de Lisboa na Associação Nacional de Famílias para a Integração da Pessoa com Deficiência (AFID) teve como foco dois polos da instituição: Centro de Medicina Física e Reabilitação (CMFR) e Estrutura Residencial para Idosos (ERPI). Pretende-se refletir acerca do papel da musicoterapia na neuro reabilitação, quer em doenças neurológicas centradas nas lesões cerebrais adquiridas, quer nas doenças neurodegenerativas – onde ambas apresentam consequências que prejudicam o indivíduo tanto nas habilidades funcionais (motoras, linguagem, comunicação, cognição) como ao nível psicossocial e emocional. Foram acompanhados clientes com doenças neurológicas como AVC, esclerose múltipla e demência desde o modelo de musicoterapia neurológica. Foi aplicada, a escala IMTAP, nos domínios: motricidade fina, motricidade ampla, emocional, cognitivo, comunicação expressiva e recetiva e social. Ao analisar os resultados obtidos é possível observar que os progressos ao longo do processo terapêutico foram significativamente positivos, nomeadamente ao nível da motricidade, comunicação e emocional.

The purpose of this document is to describe the internship carried out to complete the Master’s in Music Therapy at Universidade Lusíada de Lisboa. The chosen institution for the internship was the “Associação Nacional de Famílias para a Integração da Pessoa com Deficiência” (AFID), more specifically two of the departments of this institution: “Centro de Medicina Física e Reabilitação” (CMFR) and “Estrutura Residencial para Idosos” (ERPI). This way, it is intended to understand the role of music therapy in neurorehabilitation, both in neurological diseases due to acquired brain injuries, and in neurodegenerative diseases – where both have consequences that impair the individual both in functional skills (motor, language, communication, cognition) and at the psychosocial and emotional level. Music therapy sessions were carried out with five clients of the CMFR and ERPI with neurological diseases such as stroke, multiple sclerosis and dementia. The sessions were recorded with prior authorization from the clients and served as a complement to the assessments. As a form of evaluation, the IMTAP scale was applied, with preference for some domains related to the difficulties demonstrated by the patients. The scale was applied three times throughout the process.