A influência da criatividade na perceção de bem-estar de jovens universitários

Abstract

Tem-se agora a consciência que para a sociedade atingir o seu pleno desenvolvimento, deve encorajar a criatividade em todas as pessoas e principalmente nos jovens. O presente estudo tem como objetivo geral, refletir sobre o papel da criatividade para o bem-estar, mais especificamente analisar a relação entre personalidade criativa e bem-estar de um grupo de estudantes universitários. À luz da informação teórica recolhida e da correlação entre as variáveis da personalidade criativa, do bem-estar subjetivo, psicológico e vitalidade, foi feito um estudo empírico transversal, cujos resultados se apresentam. O método utilizado foi o psicométrico, tendo-se aplicado questionários validados para a população portuguesa, para medir os constructos e determinar os seus efeitos de interação. As amostras foram recolhidas em oitenta e quatro estudantes, que frequentam atualmente a Universidade, matriculados nos cursos de arquitetura e psicologia, sendo 77,95% mulheres e 22,05% homens, com média de idade 23,1 (22 e os 32) anos e DP σ. (4,065). Os instrumentos de avaliação adaptados para a população portuguesa, foram: a Escala de Personalidade Criativa (EPC) (Jesus et al., 2011) - validação Garcês (2015); Escala de Satisfação com a Vida, (SLWS) (Diener et al.,1984) - adaptação portuguesa Simões, (1992); Escala de Afetos Positivos e Negativos (PANAS) (Watson et al., 1988); Escala de Bem-estar Psicológico (EBEP) (Ryff, 1989) - adaptação portuguesa Silva, Novo & Peralta, (1997); Escala de Vitalidade Subjetiva (VS) (Ryan & Frederick, 1997)- adaptação portuguesa Ramos e Paixão (2010). As conclusões do estudo na perspetiva psicométrica foram que há uma correlação significativa entre a variável independente (personalidade criativa) e as variáveis dependentes bem-estar subjetivo (SLWS e PANAS), bem-estar psicológico (EBEP) e vitalidade subjetiva, (VS), sendo respetivamente de (0,263 e 0,133) e 0,413 e 0,467, valor da correlação bilateral, significativa ao nível de 0,01.

There is now awareness that for society to achieve its full development, it must encourage creativity in all people, and especially in young people. The purpose of the present study is to reflect on the role of creativity in the well-being of the group of university students, and to analyze the relationship between creative personality and well-being. In the light of the theoretical information collected and the correlation between the variables of creative personality, subjective well-being, psychological and vitality, a crosssectional empirical study was carried out, the results of which are presented. The method used was the psychometric, and questionnaires validated for the Portuguese population were used to measure the constructs and determine their interaction effects. The samples were collected in eighty-four students, who currently attend the University, enrolled in the courses of architecture and psychology, being 77.95% women and 22.05% men, with a mean age of 23.1 (22 and 32) years and SD σ. (4.065). The instruments of evaluation adapted to the Portuguese population were: Creative Personality Scale (Jesus et al., 2011), (Garcês validation in 2015), (EPC); Scale of Life Satisfaction, (Diener et al., 1984), (SLWS), Portuguese adaptation Simões, (1992); Positive and Negative Affects Scale (Watson et al., 1988), (PANAS), Psychological Well-Being Scale (Ryff, 1989), (EBEP), Portuguese adaptation Silva, Novo & Peralta, (1997); Subjective Vitality Scale (Ryan & Frederick, 1997), (VS), Portuguese adaptation Ramos and Paixão (2010). The conclusions of the study in the psychometric perspective were that there is a significant correlation between the independent variable (Creative Personality) and the dependent variables (Subjective well-being (SLWS and PANAS), Psychological well-being (EBEP) and Subjective Vitality), respectively (0.263 and 0.133) and 0.413 and 0.467, a bilateral correlation value, significant at the 0.01 level.