A dor crónica no idoso

Abstract

O aumento crescente da esperança de vida é uma realidade universal. Segundo o INE - Instituto Nacional de Estatística (2007), existem actualmente cerca de 380 milhões de idosos em todo o mundo, prevendo-se que em 2020 sejam mais de 1.000 milhões. Em Portugal, mais de 18% da população tem mais de 65 anos, prevendo-se que em 2050 complete 1/3 da população total. A esperança média de vida passou, desde 1981 até à actualidade, dos 71,7 para mais de 78 anos. Esse aumento, no entanto, nem sempre é acompanhado de uma vida independente e com qualidade. Assim, como profissional de saúde qualificado que é, o psicólogo tem um papel primordial, activo e dinâmico, nas áreas: preventivas (universal - dirigidas ao público em geral ou a toda a população; selectiva - orientada para indivíduos ou grupos da população, cujo risco de desenvolverem perturbações mentais é significativamente superior à média; ou indicada - direccionada para indivíduos em risco, isto é, que apresentam sinais ou sintomas mínimos de uma determinada perturbação mental (Gordon, 1983), identificando factores de risco e de protecção, tendo como alvo a incidência das perturbações e interventivas (entrevistas, aplicação, cotação e interpretação, de instrumentos de avaliação psicológica, diagnóstico, tratamento e follow-up), direccionadas para a prevalêneia das mesmas, tendo, como fim último, a promoção da qualidade de vida da pessoa idosa.