A aprender a arte de sobreviver no contexto da intervenção em psico-oncologia

Abstract

O presente relatório de estágio que aqui se apresenta insere-se no âmbito do plano de estudos referente ao segundo ano do Mestrado em Psicologia Clínica e serve, além de tudo o que acresce, essencialmente, como “passaporte” para a sua conclusão. Tratando-se de uma fase da formação da estudante fortemente destinada à sua preparação para o exercício profissional, esta primeira experiência de contacto com o contexto real de trabalho, assumiu sem dívida, um papel importante para a melhoria da qualidade deste nível de formação. Neste sentido, como o objetivo desta “descrição pés-experiência” é exatamente o de transmitir o nível de aprendizagens concetuais e metodológicas e o nível de compreensão da experiência cm contexto de estágio, considerou-se que para a estrutura do mesmo o mais adequado seria a sua divisão (mas não fragmentação) em capítulos distintos (mas nào dispersos). Deste modo, “movida” pela crença de que, na maioria das vezes, entender aquilo que foi, nos ajuda a perceber o que é, abrindo-nos perspetivas para aquilo que poderá vir a ser, para o segundo capitulo considerou-se importante a caracterização do contexto de estágio, apresentando-se sumariamente aspetos que vão desde a sua resenha histérica, à estrutura, missão, objetivos, estratégias e populações-alvo. Como se trata de um contexto que privilegia uma intervenção de carácter especifico, entendeu-se também como relevante a contemplação (terceiro capítulo), ainda que, de forma breve, cm torno daquilo que é a psico-oncologia e do papel do psicólogo com ênfase para a sua relação com o papel do profissional no contexto do local de estágio. Para o quarto capitulo, ficou reservado o espaço para a apresentação, descrição e caracterização da tipologia das atividades desenvolvidas, assim como uma reflexão sobre as mesmas, refletindo o processo de aprendizagem. A apresentação da intervenção, também ocupou um lugar privilegiado neste âmbito, uma vez que, ao resultar da atividade relativa à consulta psicológica, ficaram aqui integrados os dois casos práticos escolhidos para sua discussão e análise mais aprofundada. No final, como quinto e último capítulo é apresentada uma reflexão pessoal sobre a experiência de estágio curricular, incluindo os seus aspetos positivos e negativos, as expectativas criadas por comparação com as concretizadas, os pontos fortes e fracos e o processo de aprendizagem, aludindo fundamentalmente ao crescimento da estagiária como estudante, pessoa e futura psicóloga.