Para uma arquitectura camuflada : estudo do Centro de Documentação e Informação do Palácio de Belém, da Galeria Mário Sequeira e da Casa Baião

Abstract

A relação entre arquitectura e lugar é uma problemática desde sempre presente na história da arquitectura. Recentemente, nesse mesmo contexto, pode observar-se o surgimento de uma nova família de projectos, unida por um princípio geral que parece marcar o aparecimento de um novo tipo de sensibilidade. Esse princípio está relacionado com uma forma específica de criar uma relação entre arquitectura e lugar, baseada no conceito de camuflagem, já imitado pelo homem no contexto militar, a partir do universo da biologia. Propõe-se aqui o alargamento do conceito de camuflagem ao universo da arquitectura contemporânea, na perspectiva da criação de uma sua nova ramificação, resultante de uma abordagem muito específica às questões da relação entre arquitectura, lugar, paisagem, natureza, ecologia e memória. Pretende-se também reflectir acerca das questões chave levantadas pela aplicação deste novo conceito à arquitectura, o conceito de Arquitectura Camuflada. Esta proposta fundamenta-se numa metodologia baseada no estudo de casos. Os casos observados são projectos contemporâneos, intrinsecamente relacionados com este conceito, entre os quais figuram: a Marshall House, a Villa One, o Museu de História de la Vendeé, o Stonehenge Visitar Centre and lnterpretive Museum, o Centro de Documentação e Informação do Palácio de Belém, a Galeria Mário Sequeira e a Casa Baião.