Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/11067/657
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dc.contributor.advisorBraizinha, Joaquim José Ferrão de Oliveira, 1944-por
dc.contributor.authorAlves, Rui Manuel Reis, 1964-por
dc.date.accessioned2013-12-12T13:53:16Z-
dc.date.available2013-12-12T13:53:16Z-
dc.date.issued2013-12-12-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11067/657-
dc.descriptionTese de doutoramento em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2010por
dc.descriptionExame público realizado em 9 de Junho de 2010por
dc.description.abstractA possibilidade de a arquitectura comunicar remete-nos para o confronto entre os dois lados em que tradicionalmente se divide a nossa relação com o mundo - o sensível e o inteligível. Este tema coloca-nos também uma questão: que valor contém hoje em dia uma dimensão comunicativa da arquitectura? O cruzamento entre sensível e inteligível, a importância que cada uma destas vertentes adquire e a forma como operam na definição do projecto, constituem o núcleo da tese. Dois conceitos filosóficos estabelecem o fio condutor - chora e quiasma. O conceito platónico de chora, (receptáculo, lugar), define a terceira substância que permite ligar as ideias às coisas sensíveis. Esta fissura entre dois mundos totalmente distintos, constitui, uma excepção na concepção dualista de Platão, na qual pode entrar a obra humana, como a poesia ou a arte. O conceito, proposto por Merleau-Ponty, de quiasma, cruzamento entre corpo e mundo, alternativo à oposição dualista tradicional entre sujeito e objecto, expressa uma continuidade entre reflexão e intuição, presente também na experiência arquitectónica, na relação entre o corpo da arquitectura e o corpo que percorre o espaço. Qual o significado das palavras conceito e ideia no contexto da arquitectura? De que maneira a arquitectura e a arte são a manifestação de um conceito que é simultaneamente o seu fio condutor? As definições de Kant e as concepções de Hegel permitem esclarecer algumas questões. As investigações de António Damásio no domínio das neurociências conduziram a resultados que põem em causa a separação cartesiana entre alma e corpo, estabelecendo uma união entre corpo e cérebro e uma ligação e interdependência entre mente e corpo. Além disso, afirmam ainda a prioridade do corpo, para o bem-estar do qual a mente está orientada e não a primazia da mente. Por fim, defendem a influência determinante da intuição sobre a racionalidade. Também J. A. Marina analisando o processo mental da criação, põe em evidência a complexa relação entre intuição e racionalidade, entre a liberdade criadora e o projecto que, ao limitá-la a impulsiona, defendendo que os mecanismos mentais da criatividade constituem apenas um uso diferente dado a processos mentais comuns. o trabalho de Steven Holl é usado como referência, dada a importância do conceito limitado como condensador do significado e da intencionalidade do projecto que se traduz na arquitectura enquanto fenómeno. Este cruzamento entre ideia e fenómeno ocupa uma posição central no seu método projectual e tem sido o tema principal da sua obra teórica, ao mesmo tempo que vai estabelecendo pontes com outras disciplinas, como a filosofia, através da fenomenologia, a ciência ou as artes. o estudo da relação entre o trabalho de Steven Holl e a fenomenologia de Merleau-Ponty permite questionar de que modo é que esta corrente filosófica pode ser operativa na abordagem à arquitectura, ao mesmo tempo que nos permite reflectir sobre a natureza fenomenológica da arquitectura e da posição teórica de Steven Holl. Concluiu-se que: A arquitectura se encontra numa posição emblemática entre o sensível e o inteligível, entre o sujeito e o objecto que não lhe é exclusiva, antes pelo contrário, mas cuja natureza, por vezes tida como confusa ou híbrida, poderá ajudar a compreender melhor o que sucede noutras áreas de conhecimento. O raciocínio projectual, o acto mental criativo da arquitectura não é diferente do que é usado por outras disciplinas, apenas diferem o objecto e os processos de trabalho. A fenomenologia da percepção, filosofia do sensível e do corpo, parece estabelecer uma relação natural com a arquitectura. Todavia, o seu enfoque no conhecimento pré-reflexivo pode limitar essa relação. Contudo, isto não impede que alguns temas abordados pela fenomenologia tenham valor operativo no contexto arquitectónico. o posicionamento teórico de Steven Holl não se radica numa abordagem fenomenológica, pelo contrário, ao estabelecer a ideia ou conceito como princípio e significado do projecto, parece partir de uma concepção cartesiana. Contudo, a origem do uso de conceitos, por parte de Steven Holl, não se baseia num posicionamento filosófico, tendo antes origem no método de arquitectos como Kazuo Shinohara ou Louis Kahn. A arquitectura de Steven Holl, caracteriza-se por uma aproximação fenomenológica na qualificação do espaço, privilegiando o sensível e o corpóreo. Utiliza também conceitos da fenomenologia como analogia metafórica, do mesmo modo que o faz com estruturas musicais, artísticas, literárias ou científicas. Todavia, enquanto expressão do conceito, estabelece uma tensão com um referente que está para lá dela própria, o que não confere um maior valor à experiência arquitectónica. O conceito poderá constituir um instrumento impulsionador e unificador do projecto mas a arquitectura não terá que se limitar à sua expressão.por
dc.language.isoporpor
dc.rightsopenAccesspor
dc.subjectProjecto de arquitecturapor
dc.subjectDesenho arquitectónicopor
dc.subjectFenomenologiapor
dc.subjectPercepção (Filosofia)por
dc.subjectLugar (Filosofia) na arquitecturapor
dc.subjectEspaço (Arquitectura)por
dc.subjectArquitectura - Filosofiapor
dc.subjectHoll, Steven, 1947- - Crítica e interpretaçãopor
dc.titleO sensível e o inteligível : o projecto e a arquitectura : o caso de Steven Hollpor
dc.typedoctoralThesispor
dc.identifier.tid101213662por
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