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dc.contributor.authorNecho, Ana Catarina-
dc.date.accessioned2022-01-11T16:47:32Z-
dc.date.available2022-01-11T16:47:32Z-
dc.date.issued2020-
dc.identifier.citationNecho, Ana Catarina (2020) - O paradigma da arquitectura assistencial do primeiro hospital para alienados em Portugal. In Joana Balsa de Pinho... [et al.], coord. - Arquitetura assistencial luso-brasileira da idade moderna à contemporaneidade : espaços, funções e protagonistas. Lisboa : Theya. ISBN 978-989-8916-98-3. - P. 77-84.-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11067/6077-
dc.identifier.urihttps://doi.org/10.34628/bggz-ys38-
dc.descriptionArquitetura assistencial luso-brasileira da idade moderna à contemporaneidade : espaços, funções e protagonistas / coordenação [de] Joana Balsa de Pinho... [et al.]. - Lisboa : Theya, 2020. - ISBN 978-989-8916-98-3. - P. 77-84.pt_PT
dc.description.abstractNos séculos XVII e XIX, o desenvolvimento da psiquiatria permitiu a compreensão do «louco» como um indivíduo doente, que carecia não só de tratamentos como de um espaço próprio para recuperar a sua saúde mental. Neste período foi possível introduzir novos tratamentos aos alienados com um carácter filantrópico. Era evidente a necessidade dos estudos que estavam a emergir para a divulgação de melhores terapêuticas e a descoberta de novas patologias e fármacos cujo intuito incidia em assegurar a recuperação e a estabilidade do enfermo. A criação dos asilos surge como resposta a esse novo entendimento revelador de uma preocupação com o alienado. Por conseguinte, em 1848, decidiu-se criar o Hospital de Rilhafoles, pela necessidade de albergar os alienados que cada vez mais se verificavam em Portugal, estando muitos deles internados nas enfermarias do Hospital de S. José. Desta forma, o objectivo centrava-se em conciliar o acolhimento/tratamento de um número de indivíduos enfermos, assim como criar mecanismos que permitissem o estudo e o desenvolvimento de pesquisas que facultassem a aquisição e o progresso de novas terapias. Por conseguinte, no Hospital de Rilhafoles implementam-se diversas medidas com o intuito de viabilizar novos procedimentos médicos e farmacológicos, desde a distribuição de pensionistas até à divisão por sexos, por forma a Portugal poder acompanhar a evolução da ciência psiquiátrica e dos seus novos moldes na prática da assistência mental. Sob esta óptica, a criação do Pavilhão de Segurança, que pertencia ao mesmo local que o primeiro hospício português (enfermaria-prisão) em 1896, centra-se numa nova tipologia arquitectónica – o sistema panóptico. Foi para os alienados criminosos uma nova percepção da sua vulnerabilidade psíquica, ou seja, um novo entendimento sobre o enfermo criminoso, que inconscientemente tinha cometido um delito. A ideia de um espaço próprio para o internamento do mesmo representava um novo olhar da psiquiatria e do direito no auxílio dos inimputáveis. Este pavilhão vanguardista (hoje museu) vislumbrou a designada Art Brut, uma das actividades realizadas pelos doentes durante o seu processo de internamento, como a pintura. O movimento filantrópico possibilitou que as práticas terapêuticas e a construção da ciência psiquiátrica tivessem em consideração as fragilidades do Homem nos novos mecanismos de assistência à saúde.-
dc.description.abstractIn the XVIII and XIX centuries, the development of Psychiatry allowed the understanding of the insane as sick individuals who lacked not only treatments but also a space to regain mental health. In this period it was possible to introduce new treatments with a philanthropic character. The need for the studies that were emerging was clear; those focused on the dissemination of better therapies and the discovery of new pathologies and drugs whose purpose was to ensure recovery and stability of the patient was evident. The creation of asylums arises as a response to this new understanding revealing a concern for the alienated. Consequently, in 1848 it was decided to build the Hospital of Rilhafoles due to the need to accommodate the increasingly alienated in Portugal, many of which were hospitalized in wards of S. José Hospital. The aim was to reconcile the reception/ treatment of a number of sick individuals, such as creating mechanisms to study and develop research that would allow the acquisition and progress of new therapies. Therefore, in the Hospital of Rilhafoles, several measures were implemented to enable new medical and pharmacological procedures, from the distribution of pensioners to the division by sex, so that Portugal could follow the evolution of psychiatric science and its new ways in the practice of mental health care. From this perspective, the creation of the Security Pavilion, which belonged to the same place as the first Portuguese hospice (prison ward) in 1896, focuses on a new architectural typology ‒ the panoptic system. For the alienated criminals it was a new perception of their psychic vulnerability, that is, a new understanding of the criminal who had unconsciously had committed a particular crime. The idea of a proper space for the internment of alienated criminals represented a new stance of Psychiatry and Law in the aid of the inimitable ones. This avant-garde pavilion (now museum) glimpsed the so-called Art Brut, one of the activities performed by patients during their internment process, such as painting. The philanthropic movement made it possible for therapeutic practices and the building of psychiatric science to take into account the frailties of mankind in the new mechanisms of health care.-
dc.language.isoporpt_PT
dc.rightsopenAccesspt_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/pt_PT
dc.subjectHospitais psiquiátricos - Portugal - Lisboa - Históriapt_PT
dc.subjectHospitais psiquiátricos - Portugal - Lisboa - Projectos e construção - Históriapt_PT
dc.subjectLisboa (Portugal) - Edifícios, estruturas, etc.pt_PT
dc.subjectHospital Miguel Bombarda (Lisboa, Portugal) - Históriapt_PT
dc.titleO paradigma da arquitectura assistencial do primeiro hospital para alienados em Portugalpt_PT
dc.typebookPartpt_PT
dc.identifier.citationtitleO paradigma da arquitectura assistencial do primeiro hospital para alienados em Portugal-
dc.identifier.citationauthorNecho, Ana Catarina-
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