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http://hdl.handle.net/11067/5510
Título: | O Exército na transição da Monarquia para a República |
Autor: | Lousada, Abílio Pires 1966- |
Palavras-chave: | Portugal. Forças Armadas Relações entra civis e militares - Portugal Portugal - Política e governo - 1900-1910 Portugal - Política e governo - 1910-1926 |
Data: | 2010 |
Resumo: | A conjuntura verificada em Portugal ao longo do século XIX, e que conhece o seu epílogo com a implantação da República, foi extraordinariamente complexa e instável, marcada politicamente por acontecimentos decisivos. Neste contexto, a hierarquia superior do Exército, mantendo obediência à Constituição e lealdade ao Chefe de Estado, acompanhou a degradação das instituições do País e repudiou veementemente o Regicídio, assistiu à política de acalmação régia, mas inquietou-se com o evoluir do fervor revolucionário que campeava na sociedade portuguesa. E, assim, não é de admirar que o confronto político entre os partidos que suportavam a Monarquia e o Partido Republicano Português, encontrasse no Exército uma Instituição alheada desse trânsito entre dois regimes e duas ideologias políticas, e que culminou nas ruas de Lisboa com uma agitação subversiva de cariz popular. Implantada a República, com ela, jurou-se a Constituição de 1911. Da política republicana emerge, então, a nível interno, a necessidade de laicização do Estado, a liberalização e a alfabetização da sociedade e o desenvolvimento económico do País. Relativamente à política externa, consagra-se a defesa da individualidade portuguesa no contexto ibérico, define-se a manutenção da soberania das colónias africanas, releva-se a importância de preservar a aliança britânica e a vontade em credibilizar a República nos fora internacionais. O Exército mantém as prerrogativas de braço armado da Nação e, nesse mesmo ano, reorganiza a sua estrutura militar em moldes republicanos. Com três missões: assegurar a soberania nacional; garantir a pacificação, a ordem e paz públicas nos territórios ultramarinos; apoiar a política externa do Estado. Desta forma, quando deflagra a Grande Guerra de 1914-1918 e o poder político entende que a participação de Portugal no conflito mundial é estrategicamente importante, é principalmente sobre o Exército que recai o ónus de materializar os objectivos políticos superiormente definidos. E será, sobretudo, a Grande Guerra que transformará o aparelho militar terrestre da Nação. The situation prevailed in Portugal during the nineteenth century, ending with the establishment of the Republic on 5 October 1910, was extraordinarily complex and unstable, and marked by politically decisive events. In this context, the upper hierarchy of the army, maintaining obedience to the Constitution and loyalty to the Head of State, accompanied the degradation of the institutions of the country and strongly repudiated the assassination of the king, attended the royal calming policy, but has been concerned by the evolution of revolutionary fervor that raged in Portuguese society. And thus it is no wonder that the confrontation between the political parties that supported the Portuguese monarchy and the Republican Party, the army found an estranged Institution of transit between two regimes and two political ideologies, that culminated in the streets of Lisbon with a flurry of popular subversive. The Republic has become well established and with it, swore to the Constitution of 1911. Republican politics merges, then, internally, the need to secularize the state, liberalization and literacy in society and economic development of the country regards to foreign policy, devoted to defending the individuality of Portugal in the Iberian context, maintaining the sovereignty of the African colonies, preserving the importance of the alliance with Britain and build up of trust in the Republic in international fora. In this context, the Army remained as the armed wing of the Nation and that same year, it reorganized its military structure in a republican way. With three primarily missions: to ensure national sovereignty, guaranteeing the peace, order and public peace in the overseas territories and to support the foreign policy of the state. Thus, when the Great War broke out in 1914 and the political power decided that the participation of Portugal in the World War was strategically important, it is mainly on the Army that the burden of realizing the political objectives superiorly defined stood. And it will be, above all, the Great War that will transform the military panorama of the Nation. |
Descrição: | Lusíada. História. - ISSN 0873-1330. - S. 2, n. 7 (2010). - P. 13-33. |
URI: | http://hdl.handle.net/11067/5510 |
Tipo de Documento: | Artigo |
Aparece nas colecções: | [ULL-FCHS] LH, s. 2, n. 07 (2010) |
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