O movimento Slow para um novo ritmo no espaço público : novos usos para a cidade funcionalista

Abstract

Resumo: Este trabalho procura a alteração do ritmo de vivências no espaço público, para um mais lento, através da temática da velocidade, possibilitando assim a revitalização da cidade contemporânea. No desenvolvimento desta investigação surgiu a necessidade de abordar a crise do espaço público, a pertinência da diminuição do número de automóveis na cidade, bem como, os espaços públicos dedicados ao peão, com especial destaque para os espaços verdes. Para tal, revelaram-se imprescindíveis conceitos e perspetivas de diversos autores, que nos permitem compreender a importância da alteração dos usos e funções da cidade, que possibilitem um outro tipo de circulações, de ritmo mais lento, capazes de alterar as relações que estabelecemos com o espaço público e, consequentemente, a forma como percecionamos e nos apropriamos deste mesmo espaço, tendendo para a permanência e para a deambulação. Assim, este estudo surge da necessidade de intervir nos espaços atualmente dominados pela presença da velocidade, com o objetivo de os devolver ao peão, voltando a entender a cidade contemporânea como um lugar de vivências.

Abstract: This paper aims to alter the rhythm of experiencing public spaces towards a slower one through the thematic of the velocity, allowing the revitalization of the contemporary city. During the development of this investigation arose the need to approach the crises of the public space, the pertinence of reducing the number of automobiles present in the city, as well as the public spaces dedicated to the pedestrian, with special regard to green spaces. With that, the concepts and perspectives of multiple authors have been deemed essential, allowing us to comprehend the importance of altering the uses and functions in the city, that enable other kinds of circulations of slower rhythm, capable of altering the relations that we establish with the public space and consequently the way we perceive and appropriate said space, tending to remain and to dwell. Thereby, this study emerges from the need to intervene in areas currently dominated by the presence of the automobile, with the goal of returning them to the pedestrian, understanding the contemporary city as a place of activity.