O teatro : paradigmas do espaço

Abstract

Resumo: O teatro é arte. Arte do gesto e da palavra. Arte enquanto imitação da vida e, como esta, fruto do espaço e do tempo, razão de um lugar e da sua cultura. O teatro é uma instituição social, manifestamente urbana, abre-se à cidade, recebe-a e anima-a; permuta experiências espaciais e vivências. Na nossa contemporaneidade é impossível não referir o seu valor cívico e lúdico ou o seu eterno balanço entre ser arma de expressão da liberdade ou invés, veículo de propaganda da opressão. A sua história, desde a sua origem na península de Ã?tica, aos actuais e populares shows da Broadway ou de Londres, passando pelos happenings alternativos de Moscovo e Pequim - o mercado emergente - é um narrar de um sem número de formas e conteúdos que traduzem toda a condição humana; o drama e a comédia; a nossa racionalidade e o dom de nos emocionarmos; a necessidade de educar mas também e, simultaneamente, de criticar. O teatro, no seu concreto, talvez seja a arte que melhor espelha a vida. O teatro, para existir, precisa da presença humana. Os seus espaços têm de ser preenchidos pelo calor ou o frio, pelo conforto ou desconforto, pelos aromas, pelos sons, pela necessidade de produzir efeitos visuais únicos. E, para existir, o teatro necessita da arquitectura. Ã? assim, nossa humilde tarefa, relatar o mais fielmente possível, de um modo cronológico e analítico, a evolução histórica e tipológica do teatro, desde os seus primórdios até à sua multifuncionalidade contemporânea, com o sentido de que a visão de um todo, nos permita distinguir nas suas partes, as lições e as ordens dos nossos futuros programas de arquitectura.

Abstract: The theater is art. Art of gesture and word. Art while imitation of life and, as this last, fruit of space and time, reason of a place and its culture. The theater is a clear urban social institution, which opens itself to the city, embracingt and amusing it; exchanges spacial experiences and livinghood. In our contemporary nature is impossible not to refer its civic and playful value or its eternal swing between being freedom of expression weapon or propaganda opression's vehicle. It's history, since the origin in Attica's peninsula, to nowadays popular shows of the Broadway or London's, passing through the alternative happenings in Moscow or Beijing - the emerging market - it's the storytelling of a countless number of forms and contents that translate the entire human condition; the drama and comedy; our rationality and the inner gift of getting emotional; the need of education but as well, simultaneously, of criticize. The theater, in its meaning, might be the art that better reflects life. The theater to exist needs human presence. Its spaces must be filled by heat or coldness, by confort or disconfort, by fragrances, by the sounds, by the need to produce unique visual effects. And to exist, the theater needs architecture. Is therefore, our humble task, to relate as faithfully possible, in a chronological and analytical way, the historic and typologic evolution of theater since the origins untill is contemporanean multifunctionality, with the sense that the whole's vision allow us to distinguish among the parts, the lessons and the orders of our future programs of architecture.