Banda desenhada como imaginário no processo criativo arquitetónico : a regra e o modelo

Abstract

A cidade é o locus do devir: é na sua génese que a projeção do homem se manifesta no nosso planeta. A emersão da arquitetura e do urbanismo representa, espontaneamente, um dos grandes reflexos da posição humana sobre a Natureza; o imaginário invocado na banda desenhada surge, efetivamente, como potenciador e como hipótese de um elemento consumador de tal circunstância. O conteúdo arquitetónico gerado graficamente nos álbuns de banda desenhada impõe-se nas intenções do ser humano quanto à antevisão do futuro, bem como à manutenção da memória do passado. Em idêntica coerência se enquadram os tratados de arquitetura e os textos utópicos, organizados por Françoise Choay em duas categorias: a Regra e o Modelo. A autora defende que são estas as duas ideologias das quais encarnam os pilares de todo o urbanismo construído. Encetando pelas premissas evocadas nos tratados e utopias derivantes da teoria da arquitetura, o universo gráfico da banda desenhada é, então, identificado como um catalisador para o mundo edificado.

The city is the place of our planet where man manifests himself. The rise of his architecture and urbanism represents, naturally, a big reflex of the human being’s position over Nature; the invoked imaginary in comics comes as an enhancer and hypothesis of an affirmative element about that circumstance. The architectonic contente graphically generated at comics puts itself as a man’s intention about predicting the future, as well as about maintaining the past memories alive. Inside the same language, there are the architecture treated’s and the utopic texts, organized by Françoise Choay in two categories: the Rule and the Model. The author advocates that these two ideologies are those wich live in the basis of all built urbanism of our world. Entering by the evoked premises on these treateds and utopias derived from the theory of architecture, que graphic universe of comics is, therefore, identified as a catalyst for the real architecture of the cities where we live.