Espaços urbanos interiores : a arquitectura como limite

Abstract

Os "espaços urbanos interiores de passagem e/ou permanência" incluem, no seu motivo, uma interiorização de um modo de viver a cidade, onde o papel protagonizado pela Rua enquanto espaço de mobilidade e de interacção entre os seus habitantes se alia à protecção de um invólucro construído que protege os seus utilizadores não só dos elementos climáticos adversos, mas também da própria diversidade das vivências da cidade do exterior, criando espaços ambíguos e de múltiplas possibilidades. Também os conceitos de interior e exterior, coberto e descoberto, espaço público e espaço privado, e a relação entre estes no actual modelo de espaço urbano da cidade contemporânea se apresentam como relevantes no estudo da tipologia dos "espaços urbanos interiores", sendo que é destas relações que irá depender primeiramente o sucesso ou insucesso destes espaços. Podendo uma passagem urbana conter, em si própria, um mundo alternativo ao mundo exterior ou assumir um carácter de ligação simples e eficaz entre duas ruas, a sua utilização ao longo do tempo de vida das cidades e a sua validade na actual configuração do espaço de mobilidade da cidade contemporânea justificam um estudo aprofundado.