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http://hdl.handle.net/11067/350
Título: | A forma da arquitectura : casos de um lugar, de um plano e de uma casa |
Autor: | Silva, Filipe Manuel Grosso, 1976- |
Orientador: | Oliveira, Alberto de Sousa, 1945- Manoel, Bernardo de Orey, 1969- |
Palavras-chave: | Percepção da forma Teoria da forma (Topologia) Arquitectura - Filosofia |
Data: | 16-Set-2013 |
Resumo: | Considere-se então, como ponto de partida, as três seguintes interpretações da noção da palavra “forma”, ambas com um espaço n’ “A Forma da Arquitectura”: 1. “A [Fórma] da Matéria” – O Cheio 2. “A [Fôrma] da Matéria” – A Pele 3. “A [Fórma] da Anti-Matéria” – O Vazio Introduzidas estas noções, será então respectivamente demonstrado que, uma coisa é o Cheio da “coisa”, o seu volume; outra coisa é a Pele da “coisa”, a sua materialidade, o molde, a sua veste; e outra coisa ainda é o Vazio da “coisa”, o espaço entre, “A Forma da Arquitectura” na sua essência. Por outras palavras, uma coisa é a volumetria tangível da obra de Arquitectura, outra coisa é a expressão superficial da volumetria tangível da obra de Arquitectura, e outra coisa ainda é volumetria intangível da obra de Arquitectura, o “não-construído”, o espaço por onde efectivamente circulamos. Mas qualquer que seja a Forma que assista à Arquitectura, a mesma não nasce sem um verdadeiro pretexto. Sem aquilo que tem para além da simples atracção estética, aquilo que nos incomoda, que nos atrai, que faz com que nos chame à atenção e deixe de ser apenas mais uma Forma em tantas outras. Estamos a falar do Conceito que sustenta a génese da forma: “O Conceito da Forma”. Se a Arquitectura fosse um Homem, o Conceito seria a sua vida! A Arquitectura faz-se com verdade, com sentimento, com o desejo de nos superiorizarmos a nós próprios. A Arquitectura faz-se com paixão, para que uma parede não seja apenas uma parede, mas uma palavra, e para que a escala toque nos sentidos, e para que o privilégio de a sentir eleve o espírito, e para que a percorrer seja uma experiência inquietante. A Arquitectura faz-se com um Conceito. E disto sabe o arquitecto. O mesmo faz o músico, mas as suas ferramentas não são o tijolo, a pedra, a madeira, o ferro ou o vidro, mas os instrumentos musicais, as cordas e os metais. O mesmo faz o pintor, ou o fotógrafo, ou o escritor. O mesmo faz o filósofo, que já não se conhece sem um Conceito. E depois do Conceito, vem então o temporal! E com este, as noites de Inverno árctico! É o momento da criação! O momento da concepção! A fogosa tempestade que se prolonga noites a fio. São horas e mais horas de “escuridão”; Mas horas, que no final de contas até passam num segundo… E quando a Luz aparece, o “mau tempo” tem sempre os dias contados. Pouco tarda, e rompe a bonança! É o momento do nascimento da Forma, uma Forma “em carne e osso”; “Uma Forma construída”! Mas a Forma não vem ao mundo para viver sozinha. Por ela espera o Homem, a sua razão de ser. E para o Homem contribui o arquitecto com os seus sentidos e a sua visão já que só por si a Arquitectura é incapaz de responder aos caprichos sociais do Homem. Para o Homem contribui o arquitecto com a sua paixão e a sua capacidade de elevar os seus sonhos. Para o Homem contribui o arquitecto com as suas Formas e com as propostas para as habitar, procurando dar resposta às questões que o Homem parece não conseguir responder. (Filipe Manuel Grosso Silva) |
Descrição: | Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2011 Exame público realizado em 14 de Março de 2012 |
URI: | http://hdl.handle.net/11067/350 |
Tipo de Documento: | Dissertação de Mestrado |
Aparece nas colecções: | [ULL-FAA] Dissertações |
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Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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