O processo criativo em Steven Holl

Abstract

A presente dissertação tem como objecto de estudo o processo criativo de Steven Holl. Vamos procurar os fundamentos e influências que definem a sua obra arquitectónica, quer teórica, quere pratica. Nesta óptica procura-se estabelecer a relação entre o imaginário e as decisões projectuais apoiando-nos na leitura critica de três projectos da década de 1990, período em que estabiliza ideias e onde se projecta internacionalmente. A metodologia de investigação adoptada recorre a registos escritos, desenhados, fotografados e filmados pelo próprio arquitecto, bem como os de vários autores que se dedicaram ao estudo do seu trabalho. No capítulo II investigamos os processos mentais e conceptuais do arquitecto, identificando os três elementos que contribuem para a percepção de uma realidade própria e à formulação da sua praxis arquitectónica: o Tempo, que incorpora características presentes em toda a sua obra; a Formação, que revelam a postura critica e identifica as suas figuras de influência; a Aguarela, como ferramenta de pesquisa e expressão. O capitulo III procede-se à leitura critica de três projectos. Organizados cronologicamente em três subcapítulos, um por projecto e distribuídos por três continentes: Asia, Europa e América do Norte. Estes projectos, contribuíram para o reconhecimento internacional do autor, revelam-se como nucleares através dos conceitos enumerados no capitulo precedente, manifestam objectivamente o percurso entre imaginário e formalização. No capitulo IV revelamos, numa atitude auto-critica o percurso e processo criativo realizado no âmbito da disciplina de Projecto III, durante o ano lectivo de 2011/2012, do curso de Arquitectura da Universidade Lusíada de Lisboa. Foi este projecto que despoletou o tema do processo criativo, da percepção e expressão dos imaginários arquitectónicos.