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dc.contributor.advisorRamos, Mariana Costa Brandão de Moura-
dc.contributor.advisorSoliz, Margarida-
dc.contributor.authorDinis, Andreia Filipa Antunes-
dc.date.accessioned2016-04-20T16:04:52Z-
dc.date.available2016-04-20T16:04:52Z-
dc.date.issued2012-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11067/2212-
dc.descriptionRelatório de estágio realizado no âmbito do mestrado em Psicologia Clínica.por
dc.descriptionExame público realizado em 31 de Maio de 2012.por
dc.description.abstractActualmente, a sociedade, nomeadamente a sociedade Portuguesa, onde o consumo de bebidas alcoólicas está profundamente enraizado, depara-se com um grave problema de saúde pública, associado ao consumo exagerado de bebidas alcoólicas, hábito que remota aos primórdios da Humanidade e tem acompanhado toda a nossa evolução histórica (Gigliotti & Bessa, 2004; Lima & Ribeiro, 2008). Com o aumento da disponibilidade das bebidas alcoólicas, facilitada por um lado, pela descoberta da destilação, e por outro, por todas as transformações económicas e sociais provocadas pela Revolução Industrial, onde se verificou um drástico aumento da produção e redução dos preços das bebidas alcoólicas, assiste-se a uma profunda mudança na relação da sociedade e do Homem com as bebidas alcoólicas e o acto de beber (Gigliotti & Bessa, 2004). O saber beber é, pois, um dos factores importantes da convivência entre os seres humanos e da sua integração social. Esta constatação, a que se chegou há muito tempo no que se refere ao ser humano enquanto adulto, parece aplicar-se hoje também aos adolescentes, cuja cultura se apropriou dos “modos de beber”, diferentes sem dúvida dos adultos, mas incluindo o consumo de álcool nos seus factores de integração. Assim, beber álcool é, por excelência, um comportamento social cujas funções hedónicas ligadas a propriedades psicotrópicas positivas do etanol em doses fracas são inegáveis e permitem a feliz partilha de uma convivência, o acesso a uma cultura comum que define as tradições da festa mas embeleza também “os cerimoniais mais simples da vida quotidiana”. Este uso social, largamente difUndido, não deve ser confundido com o consumo destruidor que representam os comportamentos alcoólicos (Adés & Lçjoyeux, 2004). Desta forma, os consumos médios não deixam de diminuir, tornando-se mais frequentes e abusivos, contrariando o carácter religioso ou festivo que detinham até então, o que consequentemente, impulsionou o surgimento do conceito de alcoolismo introduzido pela primeira vez em 1849 por Magnus Huss (Marques, 2001). Em meados dos anos 60 do século XX, Fouquet criou o conceito de Alcoologia enquanto disciplina autónoma, visando uma abordagem integrada de todas as problemáticas relacionadas com o álcool (Feijao, 2010). A Organização Mundial de Saúde refere-se, em 1982, pela primeira vez, aos Problemas Ligados ao Álcool, o que permitiu alargar o conceito de Alcoolismo, englobando não só os problemas relacionados com a dependência, mas também as consequências decorrentes da complexidade da problemática, não só para o consumidor, mas também para a família e sociedade em geral. Esta abordagem permitiu assim a emergência da Alcoologia, como disciplina dedicada ao estudo de todos os factores relacionados com as bebidas alcoólicas, e é ainda nos dias de hoje, uma abordagem actual bastante adequada (MelIo, Barrias & Breda, 2001). Ao longo da segunda metade do mesmo século (sec.XX), as dependências assumem uma enorme relevância social, cultural, religiosa, científica e política, tendo havido necessidade de criar um novo conceito - “Adictologia” (Feijão, 2010). O consumo de álcool é, presentemente, um dos factores de risco com maior impacto nas doenças crónicas não transmissíveis relacionadas com os estilos devida (WHO, 2011). Apesar de ser amplamente conhecida a extensa lista de consequências negativas na saúde e bem-estar dos indivíduos, a relação que mantemos com o álcool parece ser bastante complexa. Além do factor de risco de morbilidade e mortalidade, o álcool é também um veículo simbólico que permite identificar o sistema cultural de uma sociedade (Wl-IO, 2011). A sociedade portuguesa facilita a introdução de bebidas alcoólicas nos hábitos alimentares e sociais dos seus membros, criando uma mentalidade pemissiva ao álcool. Portugal é um dos países onde o consumo de álcool per capita é dos mais elevados e, assim como outros países europeus do mediterrâneo, é um país de longa tradição vitivinícola (World Drink Trends, 2005). A opção entre consumir álcool ou não e a quantidade que se consome, raramente é uma questão de gosto pessoal. Actualmente existe um corpo de evidência muito forte que liga os padrões de consumo de bebidas alcoólicas, assim como o volume de álcool consumido com consequências para a saúde. Um dos exemplos mais dramáticos actualmente é o do aumento muito grave do designado “binge drinking” (consumo de cinco ou mais bebidas por ocasião), muito comum entre os jovens Europeus Actualmente, a abordagem associada aos problemas ligados ao álcool salienta o carácter gradual dos consumos, que podem ou não resultar em dependência, abrangendo em si, vários níveis de gravidade (Rodrigues & Teixeira, 2010). Deste modo, a dependência é vista como uma perturbaçâo psiquiátrica que depende da interacção&o de múltiplos factores biológicos e culturais, que determinam o modo do sujeito se relacionar com a substância, num processo de aprendizagem individual e social do modo de consumo das bebidas (Gigliotti & Bessa, 2004). Este problema remete para a necessidade de um serviço especializado, Unidade de Alcoologia, que acompanhada os doentes com problemas ligados ao álcool, na sua dimensâo clínica, nomeadamente psicologia, médicos de clínica geral e psiquiatras, enfermagem e nutricionista. É neste âmbito que se insere o presente estagio, ou seja, este trabalho irá debruçar-se sobre os problemas ligados ao álcool, a forma como este afecta a vida dos indivíduos, o que conduz a inumeráveis dificuldades quer para o indivíduo quer para os seus significativos. Este trabalho foi realizado no âmbito do mestrado de psicologia clínica na Universidade Lusíada do Porto.por
dc.language.isoporpor
dc.rightsembargoedAccesspor
dc.subjectPsicologiapor
dc.subjectPsicologia clínicapor
dc.subjectAlcoolismopor
dc.subjectIntervenção psicológicapor
dc.subjectAvaliação psicológicapor
dc.subjectConsulta psicológicapor
dc.titleProblemas ligados ao álcool : desafios inerentes à prática clínicapor
dc.typemasterThesispor
degois.publication.locationPortopor
dc.date.embargo2020-03-12-
Aparece nas colecções:[ULP-IPCE] Relatórios

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