Arquitectura e imagem (de marca) no processo de internacionalização das cidades

Abstract

Desde os tempos mais remotos, vimos na arquitetura um elemento de afirmação cultural, política e religiosa. É, de facto, através do construído que se afirmam linhas e valores que tornam os projectos de arquitectura elemento identitário, com uma função, objectivada numa imagem através de forma, materialidade, localização, escala e sistemas construtivos. Chamamos a estes objetos físicos com capacidades comunicativas: «Marcos Territoriais» : arquiteturas ícone que, comunicando com os seus públicos-alvos, geram valor porque são apropriados, física e emocionalmente. Demonstraremos como os «Marcos» são elementos "base" de criação da marca da cidade no contexto de hoje: caracterizado pela competição (entre cidades) no sentido de atrair fluxos de pessoas, mercadorias e investimentos com o consequente aumento de bem-estar e qualidade de vida. Existem muitas cidades em que a sua imagem se liga claramente a obras arquitetónicas de prestígio mundial, sendo o edificado um Símbolo, uma imagem que promove um território ou uma região. Deste modo, o desenho e a construção de imagens "na pedra" não é (e não deve ser) propriedade dos departamentos de planificação urbana, mas, também, o resultado de uma abordagem de marketing e publicidade dos lugares, em que a arquitetura assume-se como um elemento fundamental de valorização territorial, nomeadamente, através da construção de edifícios "atraentes" que podem ser importantes dispositivos de comunicação das cidades, a par de eventos desportivos, culturais, musicais etc.